13/12/2018 17:30

Bradesco cobiça privatização da Caixa Econômica Federal

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O mercado privado segue de olhos arregalados para o fatiamento da Caixa Econômica Federal 100% pública. Segundo informações da imprensa, Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho de Administração e ex-CEO do Banco Bradesco, afirmou ter interesse em possíveis oportunidades de aquisições no ano que vem, vindas da CEF e do Banco do Brasil.

Porém, o Bradesco não é o único banco interessado no desmonte da CEF 100% pública. Em novembro, Sérgio Real, presidente do Santander, defendeu a quebra de monopólios públicos no serviço financeiro, como depósitos judiciais, folhas de pagamento de determinadas categorias e a gestão dos recursos do FGTS. Atualmente, a Caixa administra mais de R$ 510 bilhões, recursos que são fundamentais para desenvolver políticas públicas nas áreas de habitação e saneamento.

O discurso privatista em relação à CEF vem ganhando força após o governo desastroso de Michel Temer. E também após a eleição do próximo governo, encabeçado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, que já deu declarações favoráveis ao entreguismo das empresas públicas a iniciativa privada, incluindo a Caixa, que está sob forte ameaça de se tornar uma economia mista, tendo parte do seu patrimônio repartido com empresários que visam apenas a lucratividade e não assumem papel social e desenvolvimentista com a sociedade, diferentemente da CEF.

“Bradesco e Santander, juntamente com o Itaú, são os bancos que mais lucram no País, por meio de taxas de juros abusivas que usurpam cada centavo dos cidadãos brasileiros. Eles alegam serem contra o monopólio do sistema financeiro, mas são eles, os bancos privados, que comandam a maior parte da economia nacional. Não é à toa que é o setor do mercado que mais lucra todos os anos, independentemente da crise financeira que se alastra pelo País e que tem como suas maiores vítimas os trabalhadores brasileiros”, afirma Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ.

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