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Depois de muita cobrança das entidades representativas e dos empregados, Pedro Guimarães, presidente da Caixa, anunciou a contratação de dez mil novos trabalhadores para o banco público no início desta semana. Do total, quatro mil serão empregados - destes, três mil dependem de autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest); e mil vagas serão para PCDs, após realização de concurso público previsto para setembro deste ano. Das outras seis mil vagas restantes, 5.200 serão para estagiários e aprendizes e as outras 800, para vigilantes e recepcionistas.

O anúncio é, sem dúvida, uma vitória para os empregados do banco, que vêm atuando sob enorme pressão com o quadro de pessoal reduzido. Contudo, as dez mil novas vagas não são o suficiente para cobrir déficit de mais de 19 mil empregados nas agências. Além disso, já foi anunciado, há algum tempo, a abertura de 250 novas agências da Caixa. Sendo assim, as novas contratações provavelmente serão direcionadas também para ocupar os postos de trabalho nestas agências - o que não irá resolver o problema do déficit de trabalhadores na empresa.

De acordo com o balanço do primeiro trimestre de 2021 divulgado pela própria Caixa, o banco tinha 81.876 trabalhadores. Com as contratações feitas nos últimos meses, a estimativa é de que sejam, atualmente, 84 mil empregados. Se comparado com o total de trabalhadores no ano de 2014, eram 101 mil empregados ativos.

"Com certeza é uma boa notícia, mas ainda não é o bastante. A Caixa precisa contratar ainda mais trabalhadores. Não podemos esquecer que a decisão também é um resultado da forte mobilização do movimento sindical e associativo, que vem acontecendo há meses", lembrou Paulo Matileti, presidente da APCEF/RJ, e acrescentou: "precisamos ficar atentos aos próximos movimentos da direção do banco e buscar garantir ainda mais postos de trabalho".