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A Fenae indica que a Caixa pode perder até R$ 6,4 bilhões, caso haja a abertura de capital das subsidiárias e a quebra do monopólio das loterias. Ou seja, com a entrada da Caixa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (DTVM) na bolsa, a Caixa sofreria impacto em torno de R$ 2,1 bilhões ao ano mais R$ 3,3 bilhões, referente à venda de parte da Caixa Seguridade. A isso se acrescenta também a redução no lucro da Loteria com o fim do seu monopólio, hoje em torno de R$ 1 bilhão.

A primeira abertura de capital de subsidiária da Caixa, foi realizada em abril de 2021, com a Caixa Seguridade. O resultado foi um “falso” lucro de R$ 5 bilhões, considerado o maior da Caixa na história. Por outro lado, esse dado prova que o lucro é uma estratégia do governo de Jair Bolsonaro junto ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, de tentar fazer crer que o banco está sendo fortalecido, para, depois, haver a realização da venda ao capital privado das subsidiárias mais lucrativas. 

Dessa forma, a abertura de capital, alerta sobre como a venda de braços importantes do banco pode comprometer o desempenho futuro da instituição e, com isso, colocar em risco dezenas de programas sociais históricos, que geram empregos, acesso à casa própria e à educação, entre outros.

“A venda dos melhores ativos da Caixa é uma afronta a milhões de brasileiros que ficariam desprotegidos durante crises econômicas. Precisamos nos mobilizar para evitar que esse golpe seja fatal para Caixa. Não podemos renunciar ao direito de ter uma Caixa pública, contribuindo para a redução da desigualdade social que tanto nos envergonha”, ressalta Paulo Matileti, presidente da APCEF/RJ.