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Aconteceu na última terça-feira (24), uma reunião entre os membros da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que tinha por finalidade tratar da questão do teletrabalho e banco de horas existentes em decorrência da pandemia causada pela COVID-19. Vale lembrar que os temas já vêm sendo debatidos nas mesas de negociações entre a Comissão e a diretoria da Caixa desde o ano passado. Mas foi somente em junho deste ano, após intensa cobrança dos representantes dos empregados, que o banco apresentou uma minuta com detalhamento sobre o assunto.

Contudo, o grande problema é que a minuta apresentada pela Caixa contém propostas consideradas prejudiciais para os empregados. Dentre os pontos trazidos pela direção do banco, se destacam o controle da jornada em trabalho remoto facultativo e o estabelecimento da mesma mediante prévia negociação entre o empregado e o gestor; e uma cláusula de saúde e segurança do empregado, onde a Caixa basicamente impõe uma série de orientações que buscam transferir a responsabilidade por possíveis doenças ocupacionais geradas pelo home office para o trabalhador.

Em outro ponto que aborda o pagamento das horas trabalhadas a mais pelos empregados, a Caixa inseriu um parágrafo no qual tenta estabelecer “a composição de banco de horas para as horas extraordinárias”, numa proporção de uma hora de descanso para cada hora adicional trabalhada. Existem outras divergências, como a necessidade do empregado em home office comparecer presencialmente ao local de trabalho sem nenhum aviso prévio. Tudo isso seria desfavorável tanto para os empregados que estão atuando na linha de frente no atendimento à população, quanto para os trabalhadores que estão em trabalho remoto, se empenhando ao extremo para bater as metas abusivas impostas pelo banco.

Assim, a CEE/Caixa formulou contrapropostas para a minuta apresentada pela Caixa, e já deixou claro que não vai abrir mão de alguns pontos considerados essenciais para os trabalhadores, como a prorrogação do home office durante a pandemia até que haja segurança para o retorno ao trabalho presencial. A Caixa, por sua vez, ficou de analisar os destaques feitos pela Comissão e responder assim que possível.