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Novamente, a Caixa falta com a transparência com os seus empregados e não apresentou os relatórios financeiros e atuarial completos do Saúde Caixa na última reunião realizada entre o banco e o Conselho de Usuários do plano, que aconteceu na quinta-feira, 12. O banco apresentou apenas um quadro do resumo da projeção atuarial 2019/2024, alegando não ter tido tempo para validação do relatório por parte das áreas técnicas.

Durante a reunião ordinária, a Caixa apresentou apenas as projeções para o final de 2019 e exercícios posteriores até o ano de 2024. Para 2019, foram entregues dados que mostram um déficit da ordem de cerca de R$ 143 milhões, apesar de haver inconsistências nos números reais em razão da falta de arrecadação devido a problemas do SIAGS não terem sido solucionados. Porém, a partir de 2021, já leva em conta a imposição do teto de 6,5% da folha de pagamento, reduzindo drasticamente a participação da Caixa no custeio.

Com a redução da participação do banco, os empregados poderão chegar a pagar aproximadamente R$ 2,4 bilhões em 2024, representando um custo médio mensal de R$ 1,7 mil por titular. Atualmente, o custo médio mensal por titular projetado para 2020 está avaliado em R$ 700,00, quando a proporção 70%/30% ainda estará em vigor.

Os conselheiros do Saúde Caixa cobraram a entrega dos balancetes mensais dos anos de 2014, 2017, 2018 e 2019, assim como determina o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas que, por incrível que pareça, até hoje também não foi feito. A Caixa assumiu o compromisso de regularizar a situação.

A não apresentação dos relatórios compromete não só a relação de transparência entre o plano de saúde e os beneficiários, como também a gestão do Saúde Caixa, uma vez que esta reunião ordinária foi a última do atual mandato, e o Conselho deveria entregar um parecer completo para quem irá assumir nos próximos anos.