Empregados são pegos de surpresa por reestruturação iniciada pela Caixa
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Sem qualquer tipo de comunicado ou negociação, a Caixa começou uma reestruturação no início desta semana. Cerca de 170 imóveis da empresa não terão seus aluguéis renovados e outros prédios serão vendidos. A ação causou grande surpresa e insegurança nos empregados, que chegaram em seus locais de trabalho já recebendo a notícia da transferência - que ainda não tem novos locais definidos.
A informação da devolução dos prédios aconteceu durante a apresentação do balanço do terceiro trimestre da Caixa na última semana. As mudanças estariam ligadas as áreas da vice-presidência Rede de Varejo (Vired), vice-presidência Tecnologia e Digital (Vitec), vice-presidência Logística e Operações (Vilop). Gerências como de tecnologia (Gitec), de logística (Gilog), de segurança (Giseg) e de Alienação de Bens Móveis e Imóveis (Gilie) teriam as filiais extintas e parte de suas atividades seriam transferidas para centralizadoras que seriam criadas. O processo de despejo também está atingindo as gerências Executivas de Governo (Gigov) e gerências Executivas de Habitação (Gihab), áreas responsáveis pelo planejamento urbano dos municípios.
A mudança é vista como desrespeitosa pelas entidades representativas dos empregados, por colocar em risco a estabilidade da rotina dos trabalhadores, além de abrir brechas para alteração de seus cargos e remuneração - toda essa reviravolta acontecendo há menos de um mês para o fim do ano. Por isso, a Contraf-CUT, através da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou um ofício ao banco questionando sobre o deslocamento dos trabalhadores e a falta de negociação da direção da Caixa. Vale lembrar que toda ação de mudança deve ser negociada previamente, como garante o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Assim, de acordo com a CEE/Caixa, a reestruturação deveria ser comunicada e negociada com os trabalhadores com antecedência.