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O Ministério da Economia autorizou, por meio de portaria no Diário Oficial publicada na última semana, a expansão do quadro de pessoal da Caixa para até 87.544 empregados. Com isso, a diretoria do banco público poderá contratar cerca de 3.300 novos trabalhadores. Apesar de ser uma conquista para os empregados da Caixa, a medida ainda não é suficiente para suprir o déficit de pessoal existente no banco público.

Vale ressaltar também que a autorização é um reflexo da forte reivindicação do movimento associativo e sindical da categoria bancária, que vem há tempos cobrando uma expansão no quadro de pessoal da empresa. Os bancários vêm atuando na linha de frente no atendimento à população desde o início da pandemia, com grande sobrecarga de trabalho e muitos, realizando diversas funções. De acordo com um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa somente entre 2015 a 2020.

Além disso, representantes dos empregados também observaram que a medida não define que a contratação dos novos trabalhadores seja obrigatoriamente de concursados. "O artigo segundo da portaria diz que, dentro do limite estipulado, também podem ser incluídos pessoas contratadas em cargos comissionados e em caráter temporário. E, além disso, o artigo terceiro, diz que compete à empresa gerenciar o seu quadro de pessoal, incluindo contratações e desligamentos", ressaltou Fabiana Uehara, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária de Cultura da Contraf-CUT. Isso significa que há risco de que os concursados, os quais aguardam uma convocação há tempos, não sejam contratados, e sim pessoas terceirizadas – o que vai contra a reivindicação das entidades representativas.