18/08/2020 16:28

Igualdade de Oportunidades e Cláusulas Sociais: CEE/Caixa cobra participação e ações mais efetivas

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Aconteceu na última segunda-feira (17) o terceiro encontro virtual da Campanha Nacional 2020. A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) se reuniu com o banco para tratar sobre igualdade de oportunidade e cláusulas sociais, dando prosseguimento na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Contudo, foram poucos os avanços da reunião. A CEE/Caixa cobrou menores taxas para os empréstimos, créditos, a continuação da isenção de tarifas, o respeito à jornada de trabalho, manutenção da PLR Social e ações mais efetivas para as pessoas com deficiência (PcD). Além disso, reforçou a pauta de manter as cláusulas sociais, e, no que se aplicar, extensiva aos aposentados. Porém, a Caixa não trouxe propostas sobre o tema.

Outro ponto importante abordado foi a necessidade de ações voltadas para as mulheres, que representam 44% dos empregados do banco, cerca de 37 mil trabalhadoras. Essas ações devem ser construídas junto com o movimento sindical, que está presente no dia-a-dia das bancárias. Por sua vez, a Caixa apresentou as ações que tem feito para reduzir a desigualdade dentro da empresa, como o incentivo à liderança das mulheres e a implementações de ações de combate à violência contra a mulher. Mais uma vez, a CEE/Caixa reforçou que essas medidas devem ter a participação do movimento sindical, já que é uma pauta de luta.

Além disso, as demandas para os empregados PCDs também foram debatidas. Muitos desses trabalhadores ainda sofrem com discriminação e com falta de acessibilidade para desempenhar suas atividades. Hoje, são 3.464 trabalhadores PCDs na Caixa, 1.800 deles contratados em 2019 após a ação judicial das entidades que obrigou a contratação. A CEE/Caixa reforçou as demandas voltadas a esses empregados, que constam na minuta de reivindicações. Por sua vez, a Caixa apresentou dados do projeto Banco da Inclusão, que trouxe ações como a adaptação da softwares e mapeamentos dos empregados PCDs. Porém, o banco reconheceu que precisa avançar nessa pauta em especial.

A Comissão também destacou a demora da Caixa ao aderir ao censo da diversidade, já que assuntos como racismo e homofobia foram deixados de lado pelo banco. No mais, a cobrança de metas, que ainda é feita pela Caixa mesmo durante a pandemia, também foi um ponto debatido, assim como a manutenção da PLR Social nos moldes atuais. A Caixa afirmou que irá trabalhar para trazer propostas aos empregados sobre os dois temas.

Também foi feita, mais uma vez, a cobrança pela higienização completa nas agências de acordo com os protocolos definidos para evitar a contaminação por COVID-19. Já no que diz respeito ao Saúde Caixa, outra importante demanda que vem sendo abordada pelos representantes dos empregados, o tema será debatido em uma nova reunião, agendada para a próxima quarta-feira (19).

Vale lembrar que todas as negociações têm como objetivo trazer melhorias para os empregados, e a Caixa se comprometeu a se comunicar amplamente com os trabalhadores.

- Jornada de trabalho: a Caixa atendeu a reivindicação e reduziu em uma hora o horário de atendimento das agências.
- Rodízio: O rodízio está mantido e não há nenhuma diretriz para que acabe. O banco reconheceu que esse sistema é essencial para a proteção da saúde dos empregados. A Caixa também informou que os SEVs têm autonomia de realocar os empregados entre as unidades para garantir o rodízio, e serão orientados a atuar neste sentido.
- Vigilantes e Recepcionistas: O contrato com os vigilantes foi ampliado. 2.270 vigilantes estão à disposição das unidades. Outras 373 recepcionistas estão também no quadro.

Por fim, o banco respondeu que não pode intervir junto aos terceirizados, mas tem conversado com as empresas para que estas façam as devidas ações de proteção bem como o serviço permaneça sendo prestado.

"A CEE/Caixa é fundamental na negociação das reivindicações dos empregados com o banco. É um trabalho exaustivo, mas muito importante. Por isso existe a minuta de reivindicações, construída com a participação de todos os colegas. A luta por melhores condições de trabalho é nossa, e não podemos desistir", declarou o Presidente da APCEF/RJ, Paulo Matileti.

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