20/08/2021 16:48

Lucro da Caixa é reflexo da venda de ativos impulsionada por Guimarães

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Pedro Guimarães, presidente da Caixa, anunciou dados sobre o lucro do banco nos últimos meses em uma live que ocorreu na quinta-feira (19). De acordo com os dados, foram R$ 10,8 bilhões em lucro líquido no 1º semestre de 2021, um crescimento de 93,4% em relação ao mesmo período de 2020. Já no 2º trimestre, o lucro foi de R$ 6,3 bilhões, o que representa um aumento de 144,7% em relação ao mesmo trimestre de 2020. Os dois resultados foram recordes históricos para a empresa.

É inegável que os números são surpreendentes, principalmente se for levado em consideração a forte crise socioeconômica que assola a população, um fator importante a se pensar. Assim, começaram a surgir questionamentos sobre os grandes montantes obtidos pela Caixa, que por sua vez, afirmou que o resultado foi obtido principalmente pelos fortes ganhos com a venda de ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões), bem como a alteração na participação relativa apurada sobre investimentos também da Seguridade (R$ 1,5 bilhão) e a venda das ações do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão).

Isso prova que o maior interesse da gestão de Pedro Guimarães é o lucro, o qual tem sido alcançado através da privatização da Caixa por meio de pequenas fatias. O interesse dessa atual gestão jamais foi fazer da Caixa um banco cada vez mais público, impulsionar o seu papel social ou atender aos anseios da população. Principalmente durante esses tempos de pandemia, fortalecer seu papel social devia ser o principal objetivo da Caixa e de sua atual diretoria.

Por diversas vezes durante a transmissão da live, pequenos e médios empreendedores questionaram Guimarães sobre o por que não conseguiram um empréstimo para passar pela atual crise, já que o lucro da Caixa está tão positivo assim – o que só prova ainda mais que o interesse dessa direção é no capital, e não na população que pede por ajuda.

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