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O aumento de transtornos mentais e do trauma psicológico provocados pela pandemia do coronavírus têm sido objeto de estudo de sociedades médicas, psicológicas, e organizações da Saúde, como Organização Mundial da Saúde (OMS) e FioCruz, no Brasil.

Cada indivíduo reage de maneira diferente a situações estressantes diante da pandemia. Isto, depende da sua formação, da sua história de vida, das suas características particulares e da comunidade em que vive. No geral, o aumento dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais se dão de diversas formas.

Pode-se destacar, por exemplo, que a ação direta do vírus da Covid-19 influencia as experiências traumáticas. Sendo elas, infeção ou morte de pessoas próximas, estresse induzido pela mudança na rotina devido às medidas de distanciamento social ou pelas consequências econômicas, na rotina de trabalho ou nas relações afetivas, e, por fim, a interrupção de tratamento por dificuldades de acesso.

Entretanto, esses cenários não são independentes, uma vez que, uma pessoa pode ter sido exposta a várias destas situações ao mesmo tempo. O que eleva, assim, o risco para desenvolver ou para agravar transtornos mentais já existentes.

Uma pesquisa DATASUS, divulgada em novembro de 2020, apontou que a ansiedade foi o transtorno presente em 86,5% dos 17.491 indivíduos adultos ouvidos pelo Ministério da Saúde durante a pandemia, seguido de estresse pós-traumático (45,5%) e depressão grave (16%).

A psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Natalia Pavani, explica que nem sempre essas manifestações serão classificadas como doenças mentais. Muitos problemas psicológicos podem ser considerados normais e momentâneos diante do atual cenário. “O impacto vai depender da vulnerabilidade da pessoa no momento. Cada problema psíquico se manifesta de uma forma em cada indivíduo”, complementa.