14/12/2021 09:00

Presidente da Caixa visa recursos do FGTS à promoção política

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O uso pessoal e político-eleitoral da Caixa Econômica Federal, veio mais uma vez à tona. Com pouca margem no orçamento para ampliar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro no caminho à reeleição em 2022, Pedro Guimarães, presidente da Caixa e Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência, estudam usar recursos do FGTS para criar um novo programa de microcrédito.

O governo estuda criar um fundo garantidor para o microcrédito, semelhante ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), para cobrir a inadimplência das empresas. A ideia é destinar para esse novo fundo, R$ 13 bilhões do FGTS. O público alvo do projeto, são 20 milhões de pequenos empreendedores, micro e pequenas empresas, mesmo que tenham nome negativado. Essas pessoas poderão tomar empréstimos entre R$ 500 e R$ 15 mil.

Com esse mecanismo, a Caixa projeta emprestar até cinco vezes mais o capital do fundo, garantindo, assim, um potencial de empréstimo de até R$ 67,5 bilhões. Para que tudo aconteça, a ideia é editar uma medida provisória (MP), alterando a lei do FGTS, que pela legislação, os valores somente podem ser aplicados em habitação, saneamento e obras de infraestrutura urbana.

“É inadmissível que o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, use o banco para promover uma reeleição. Tirar recursos, que por lei, são destinados a moradias e saneamento e financiar outro segmento é diminuir, ainda mais, o pobre. Precisamos que isso pare já”, declara Paulo Matileti, presidente da APCEF/RJ.

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