28/01/2020 13:41

Reestruturação altera função social da Caixa e causa insegurança aos bancários

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Entidades representativas e trabalhadores da Caixa estão preocupados com o futuro da instituição. Isso porque, recentemente e sem dar maiores explicações, a direção do banco anunciou que vai aquecer o processo de reestruturação da empresa, iniciado em 2016, o qual propõe alterações na área de varejo da Caixa e modificações significativas para os trabalhadores e a sociedade.

A ação apresenta mudanças nas vendas em produtos de seguros, cartões, loterias, cheque especial, entre outros, e ignora elementos importantes como a gestão do FGTS, pagamento do PIS e demais programas sociais que fazem da Caixa o maior banco público da América Latina. No mais, segundo a direção da empresa, a ação visa reduzir o número de Superintendências (Sure) de oito para seis (as Sure se chamarão Superintendências Nacionais de Varejo – SUV), e também reduzir as Superintendências Regionais – de 84 para 54.

De acordo com Paulo Matileti (presidente da APCEF/RJ), Jair Ferreira (presidente da Fenae), Rita Serrano (representante no Conselho de Administração da Caixa) e diversas entidades representativas dos trabalhadores, a medida é impositiva, deixando claro a falta de atenção com a sociedade e também a falta de diálogo com os empregados, além de ser mais uma tentativa de privatização das áreas mais lucrativas do banco.

Contudo, o projeto ainda não foi votado nas instâncias deliberativas da empresa, o que permite o fortalecimento de uma mobilização através da conscientização dos empregados e da população, buscando assim, preservar direitos e manter o papel social do banco.

Assim, se conclui que o processo de reestruturação da Caixa coloca em risco os bons resultados apresentados pela empresa e a gestão de ativos, além de tornar duvidoso o futuro da instituição, de seus empregados e dos serviços sociais. Por isso, é necessária uma maior mobilização para que não seja permitida a continuação desse processo.

“O momento é crítico. As ações contra a Caixa, a sociedade e os trabalhadores não são nada suaves. Dessa forma, mais do que nunca, os empregados precisam ter a clareza desse desmonte que tem a entrega e a privatização como carro-chefe”, declarou Paulo Matileti, presidente da APCEF/RJ.

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