15/02/2019 18:24

Reforma da Previdência esquarteja direitos e sentencia futuras aposentadorias

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Após avaliação de Jair Bolsonaro em reunião com ministros realizada ontem (14), em Brasília, o texto da desastrosa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que decreta o desmonte da Previdência Social, definiu a idade mínima da aposentadoria em 65 anos para homens e 62 para mulheres. Em resposta, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e demais centrais sindicais e associativas realizarão assembleia com bancários e demais categorias para definição do plano de lutas contra a retirada de direitos.

Na próxima quarta-feira (20), será realizada uma Assembleia Nacional, em São Paulo, na Praça da Sé, às 10h. O evento reunirá bancários e demais categorias dos trabalhadores para definir a agenda deste ano para ações de conscientização à população brasileira a fim de fazer oposição para barrar o desmantelamento do sistema previdenciário. Há intenção de que seja retomada nas ruas a campanha “Se votar, não volta”, que ajudou os trabalhadores a conhecerem os parlamentares que votaram a favor da reforma Trabalhista e que não voltaram a Brasília porque não foram reeleitos.

“Após anos de luta da classe trabalhadora, sindical e associativa, o Brasil atravessa agora um momento de avalanche que visa submergir os direitos de milhões de trabalhadores, destinando-os à precarização do trabalho e da renda da população. Mais do que nunca, é necessário que haja mobilização de todas as categorias e movimentos representativos no Rio de Janeiro e em todos os estados em defesa da Previdência Social”, convoca Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ.

A mobilização, a nível nacional, promoverá ações descentralizadas, como atos, assembleias, panfletagens e diálogo com as bases, que fortalecerá ainda mais a classe trabalhadora diante deste momento catastrófico vivenciado pelos brasileiros. Após decidir quais instrumentos de luta serão colocados em prática, a expectativa é que este cronograma possa ser sucedido de greves. Na mesma data, 20 de fevereiro, a PEC será encaminhada para votação dos senadores no Congresso.

A PEC da reforma da Previdência define que o período de transição da nova regra da idade mínima — que ignora direitos trabalhistas e as expectativas de vida e sobrevida da população — será de 12 anos e torna a proposta ainda mais perversa que a de Michel Temer, que estabelecia período de 20 anos. O texto prevê ainda impor aos trabalhadores tempo de contribuição de 40 anos para aposentadoria integral e adota um novo modelo previdenciário no País, comparativo a uma espécie de capitalização, que em outras palavras, precariza ainda mais o valor final do benefício de milhões de brasileiros.

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