06/08/2020 14:06

Saúde Caixa: Banco quer começar a cobrar por dependentes

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Sabe-se que, mesmo após as inúmeras cobranças das entidades representativas, cerca de dois mil bancários contratados após o dia 31/08/2018 ainda permanecem sem o Saúde Caixa. No entanto, agora, o banco está alegando que vai incluir os contratados se empregados e aposentados aceitarem pagar de forma individualizada por cônjuge e filhos. 

A medida, além de ser uma espécie de chantagem, ainda é desnecessária, visto que o superávit acumulado até 2019 de R$ 500 milhões já demonstra que o atual modelo de custeio não precisa mudar. Lembrando que o banco ainda planeja um aumento do valor médio do desconto do Saúde Caixa no contracheque dos trabalhadores, de R$ 423 para R$ 1600, em 2024.

Atualmente, segundo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), os usuários pagam 2% da remuneração e isso inclui a cobertura de cônjuge ou companheiro de união estável e filhos até 21 anos, assim como os filhos maiores de 21 anos que sejam incapacitados. A nova regra que a direção do banco está querendo impor, atingirá a classe de forma significativa e pode significar a saída de milhares de usuários do plano por não terem condições de pagar.

Além disso, já existe o mecanismo de coparticipação no Saúde Caixa, com a cobrança de 20% sobre o preço de uma parte dos serviços utilizados, com teto anual fixado em R$ 2.400. Ou seja, quem usa mais, naturalmente, já compensa esse uso. 

No entanto, a Caixa alega que está seguindo as orientações contidas na CGPAR 23. De acordo com a resolução, as estatais federais podem reduzir o investimento na assistência à saúde de seus empregados e aposentados. Com isso, até 2024, segundo as estimativas adotadas pelo banco, a participação da Caixa no custeio do plano de saúde cairá de forma significativa, indo de 70% para 40,4%.

“Não tem motivos para mudar o plano atual. Além de dar as costas para as cobranças que nós estamos fazendo para incluir todos os empregados que estão sem acesso ao Saúde Caixa, eles estão fazendo uma chantagem com os trabalhadores. Isso é um absurdo e deve ser combatido” alertou Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ.

 

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