20/05/2020 15:31

Saúde dos empregados é ameaçada com novos protocolos divulgados pela Caixa

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A Contraf-CUT, por meio da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), está cobrando que a Caixa reavalie o novo protocolo de atuação de gestores e empregados, divulgado pelo banco na última segunda-feira (18). As entidades reivindicam a alteração de algumas medidas por entender que as propostas podem transformar as agências em centros de propagação do novo coronavírus, colocando em risco a saúde de trabalhadores e clientes.

De acordo com as entidades, a Caixa diminuiu as medidas de precaução que já estavam em protocolo, como a retirada da quarentena de até 14 dias no caso de sintomas na unidade. No mais, o texto diz que a confirmação da doença para fins de cumprimento de protocolo, a partir de agora, só com apresentação do exame PCR (aquele que identifica o vírus no período em que está ativo). Antes, não mencionava o tipo de exame. Já para os casos suspeitos ou confirmados da doença, o prazo da quarentena foi alterado de cinco para sete dias corridos, válido para as pessoas que tiveram contato próximo com um suspeito ou contaminado. Contudo, o trecho que garantia a prorrogação de sete para 14 dias (no caso de sintomas em algum outro empregado ou terceirizado) foi retirado.

O novo documento traz ainda novas observações, como o prazo de sete dias ser contado desde a data do afastamento do empregado – ignorando que o PCR só pode ser feito entre o terceiro e o décimo dia do início dos sintomas. Outra crítica é para a retirada da expressão que garantia o afastamento para trabalho remoto sem atestado do empregado que apresentasse sintomas.

Por todos os motivos apresentados acima, a APCEF/RJ, junto às outras entidades representativas dos trabalhadores, entende que as alterações do protocolo devem ser revistas pela Caixa. “Com o avanço da pandemia e mudanças no cenário, é óbvio que os protocolos devem ser atualizados, mas com foco em garantir a segurança e saúde dos empregados, e não para gerar medo e insegurança, ainda mais para os trabalhadores que estão na linha de frente no atendimento direto à população”, disse Fabiana Uehara, secretária de Cultura da Contraf-CUT.

“É inacreditável como medidas conseguem pôr a saúde dos empregados ainda mais em risco. A Caixa precisa urgentemente rever isso. A saúde dos trabalhadores e dos clientes deve ser sempre tratada como prioridade”, disse o Presidente da APCEF/RJ, Paulo Matileti.

 

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