Saúde e Condições de Trabalho: bancários apresentam propostas e Fenaban defende retirada de direitos
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Na última terça-feira (11), o Comando Nacional se reuniu com a Fenaban mais uma vez e o tema debatido foi Saúde e Condições de Trabalho. De forma virtual, os representantes dos bancários apresentaram propostas para enfrentar os problemas de saúde dos bancários, provocados pelas condições de trabalho, metas abusivas e a ameaça da pandemia. No entanto, a Fenaban insistiu na defesa da retirada de direitos conquistados.
Enquanto o Comando reivindicou medidas como a implantação do regime de home office para bancários que coabitam com parentes de grupos de risco, a realização de testes do COVID-19 para todos os funcionários que estão em trabalho presencial e cobrou por uma solução para a suspensão dos exames periódicos em casos de afastamento por motivos de saúde ou por homologação, os representantes dos bancos se mostraram pouco dispostos a aceitar as propostas. Inclusive, sobre o teletrabalho para bancários que convivem com parentes de grupos de risco, disseram preferir não criar uma regra padrão sobre a questão.
Além disso, apresentaram propostas que representam um retrocesso, como a redução de 120 para 90 dias o pagamento de benefício emergencial de salário pelos bancos para os funcionários, enquanto o bancário recorre de alta indevida pelo INSS. E a volta da divulgação dos “melhores” funcionários, que nesse caso é proibido pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Outra cláusula que a Fenaban quer mudar é a que regula a complementação salarial em caso de afastamento para tratamento quando o benefício seja menor que o salário. O funcionário passaria a ter uma carência menor de 12 meses - atualmente são 24 meses - entre um afastamento e outro, para que seja pago a complementação (retornando ao trabalho).
Para Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ, a rejeição da Fenaban pelas medidas representa retrocesso e descaso: “É inadmissível que em meio a uma crise sanitária, isso aconteça. Estamos falando de vidas! Existem funcionários trabalhando em condições precárias e sendo expostos ao COVID-19 com pessoas pertencentes ao grupo de risco em casa. Mais do que nunca, é necessário lutarmos pela implantação de medidas eficazes de proteção à saúde desses trabalhadores e de seus familiares”