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A Caixa anunciou em comunicado oficial os nomes de cinco novos vice-presidentes. Destes, três são profissionais de mercado. Além disso, segundo informações reveladas pela agência estrangeira de notícias Bloomberg, a estatal mira agora na venda de ativos à iniciativa privada. Aos poucos, lamentavelmente, a instituição adota uma política privatista que desmoraliza o caráter da Caixa 100% pública e desvaloriza os profissionais de carreira do banco.

Os nomes dos vice-presidentes que não são empregados do banco são: Luciane Ribeiro, vice-presidente de Administração e Gestão de Ativos de Terceiros; André Laloni, de Finanças e Controladoria; e Claudio Salituro de Tecnologia da Informação. Todos oriundos do mercado privado. Das nomeações, apenas dois são trabalhadores de carreira da Caixa: Roney de Oliveira Granemann, vice-presidente em Gestão de Pessoas; e Valter Gonçalves Nunes, vice-presidente em Clientes, Negócios e Transformação Digital.

Na terça-feira (26), a Bloomberg confirmou que um fundo do governo administrado pela Caixa venderá sua participação no IRB Brasil RE, empresa líder em resseguros na América Latina. Pelo que se sabe, a Caixa está liderando a oferta de ações no IRB, junto com o Bank Of America, o Itaú BBA, o Bradesco BBI e o Banco do Brasil.

Segundo a Bloomberg, a Caixa pretende ainda vender fatias no Banco do Brasil, na Alupar Investimentos e na Petrobras. Vale ressaltar que o próprio presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, confirmou em janeiro a abertura de capital em quatro ativos do banco, sendo eles de loterias, cartões, gestão de recursos e seguros.

“É lamentável ver um banco com tanta importância social e representatividade a nível internacional, sendo o banco público mais relevante da América Latina, nas mãos de quem não conhece a sua história e não entende a importância que a manutenção da Caixa 100% pública representa para os brasileiros. Neste momento, a união dos trabalhadores ativos e aposentados do banco é crucial pelo o fortalecimento da luta contra a desestatização da Caixa”, pontua Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ.