A importância das campanhas salariais para a evolução dos bancários
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Se hoje os bancários dispõem de jornada de 6 horas, auxílio creche/babá, adicional de horas extras, entre outros benefícios, estes foram conquistados apenas depois de muitas lutas, vencidas através do direito inconstitucional de greve e manifestações organizadas.
Mas nem sempre foi assim. Durante o governo FHC, os bancários da Caixa tiveram um reajuste salarial apenas em 1995, de 20,9%, e o banco ainda ficou devendo cerca de 4% que nunca foram pagos. Desde então, passaram-se sete anos sem nada. Nesse período, os bancários também não recebiam cesta-alimentação ou o direito à participação nos lucros e resultados (PLR), como os demais membros da categoria de outros bancos. Eles tornaram a receber o reajuste somente em 2002, de 5%, durante o governo Lula.
E foi a partir de 2004 que a categoria passou a conquistar o aumento real de salário através da Campanha Nacional Unificada. Durante a greve deste ano, em outubro, a Fenaban cedeu às pressões dos bancários, propondo um índice de 10% nos salários e 14% nos vales refeição e alimentação. Com esse índice, em 12 anos, já se acumulou 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos, mais vale refeição de R$ 29,64 por dia, com reajuste de 14% e 3,75% de ganho real.
São dados como estes que confirmam como a classe bancária foi uma das que mais conquistou melhorias através da união e da luta sindical das campanhas salariais. No entanto, as suas condições de trabalho ainda estão longe de serem perfeitas e há muito mais a ser reivindicado. Por isso, o movimento nunca tem fim.