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Dizem que os números não mentem, mas um número sem contexto pode mascarar a realidade. É o que acontece com a contagem de estatais no governo Bolsonaro, que logo no primeiro ano saltou de 134 (em 2018) para 200 (em 2019). Na verdade, esse aumento não é indicador que o governo de Bolsonaro investe no serviço público, e sim uma marca de sua política privatista. Isso porque dessas 200 estatais, 154 eram subsidiárias (em 2018, eram 88): na verdade, trata-se de mecanismo para privatizar empresas públicas sem o aval do Congresso. 

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela proibição da privatização de estatais sem essa aprovação do Legislativo - mas permitiu a venda de subsidiárias. Aí está o pulo do gato! Em 2020, eram 197 empresas públicas, sendo 151 subsidiárias - o número já começa a diminuir. 

Em 2018, a Caixa tinha apenas 3 subsidiárias. Hoje, já são 10. Uma delas é a Caixa Seguridade, que teve sua abertura inicial de capital (IPO) no último dia 29. É marca dessa política privatista que visa tirar da população o que lhe é direito: o serviço público de qualidade. Defender o serviço público, defender a Caixa pública, é defender o Brasil.