Ansiedade, angústia e pânico: realidade dos bancários Caixa no Rio
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O esgotamento e adoecimento dos trabalhadores Caixa, pauta frequente das entidades representativas, foi tema de reportagem do RJ1 nesta quarta-feira (17). A matéria divulgou pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com gestores e assistentes da Caixa do Rio de Janeiro e mostra em números aquilo que já vínhamos afirmando há meses: os trabalhadores estão cansados, esgotados, adoecidos e angustiados. O levantamento traz dados preocupantes, como que 68% dos profissionais relataram ansiedade, depressão, angústia e pânico; e 98% atribuem o adoecimento ao trabalho no banco.
Trata-se de quadro sistêmico que já vinha há tempos e foi potencializado pela pandemia, uma vez que os trabalhadores vem sendo sobrecarregados devido ao enorme déficit de pessoal. Isso foi denunciado em entrevista ao RJ1 pelo presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef) no Rio de Janeiro, Diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e integrante da CEE/Caixa, Rogério Campanate. "Nos últimos 5 anos a gente teve uma baixa de quase 20 mil vagas. Foram sucessivos planos de demissão voluntária que a empresa não fez reposição. Já fomos mais de 100 mil empregados e agora somos pouco mais de 80 mil", afirmou.
Recentemente a Caixa anunciou cerca de 7 mil novas contratações, o que configura uma vitória da categoria mas está longe de resolver o problema. Além disso, com a chegada da segunda fase do auxílio emergencial, o problema tende a piorar ainda mais.
"A demanda no atendimento vai aumentar muito com a distribuição do auxílio, de forma que o reforço na segurança e efetivação de novas contratações se tornam urgentes. Além da prioridade na vacina para os bancários, como viemos defendendo. Para piorar, a Caixa não divulga o número oficial de contaminações e mortes entre o quadro de pessoal do banco, o que nos deixa às cegas", chama atenção o presidente da APCEF/RJ, Paulo Matileti.