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Ocorreu ontem (03), a primeira reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sobre as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2022. Os bancários reivindicam a reposição da inflação, aumento real de 5%, bem como aumento do valor dos tíquetes refeição e alimentação.

Em resposta, a Fenaban disse que existem dificuldades para o aumento do vale alimentação e refeição alegando que o governo afirma que os bancos usam os vales para aumentar a remuneração da categoria sem que ocorra a tributação dos valores. Os bancos não apresentaram nenhuma proposta, apenas disseram que estão aguardando cenário mais claro sobre a inflação de julho.

As cláusulas econômicas são muito importantes para a categoria bancária, especialmente nos últimos anos, com a inflação que assola o país e alta dos preços em diversos setores, especialmente na alimentação.

Em consulta, realizada pela Contraf-CUT, 92% dos bancários consideram que o aumento real nos salários é a prioridade da campanha nacional deste ano e 62% querem um aumento ainda maior nos vales alimentação e refeição.

O lucro líquido dos bancos cresceu 190% acima da inflação entre 2003 e 2021 e, só no 1º trimestre de 2022, o lucro cresceu 15,4%, mantendo uma alta rentabilidade.

“Diante dos altos lucros líquidos que os bancos têm é claramente possível dar o aumento real e necessário aos bancários, tanto em seus salários quanto nos vales alimentação e refeição. Essa luta é nossa e vamos ganhar esse jogo”, afirma Carlos Alberto Oliveira (Caco), presidente em exercício da APCEF/RJ.

A próxima reunião entre o Comando e os bancos está marcada para dia 8 de agosto. No encontro, cláusulas econômicas sobre Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e remuneração variável serão discutidas.