Banco Digital é privatização mascarada da Caixa
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Que vivemos sob um regime privatista e que a todo o tempo os poderosos buscam esvaziar nossas instituições públicas, já sabemos. Com a Caixa não é diferente e a diretoria tem buscado desmantelar o banco 100% público há tempos - e a bola da vez é o tal "banco digital", cuja aprovação pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) foi anunciada pelo presidente Pedro Guimarães no último dia 18, durante a apresentação do balanço da Caixa.
A proposta não apresenta nada de benéfico para o banco, sendo baseada no já existente Caixa TEM - por sua vez um grande marco do avanço tecnológico do banco e fruto de muito trabalho, dedicação e empenho dos competentes empregados da instituição. Dessa forma, o Caixa TEM deveria continuar existindo para fortalecer a imagem e a confiança no banco, mas o que buscam fazer é ir pelo lado oposto. A ideia dessa nova subsidiária é ter abertura de capital ainda em 2021, mostrando a prioridade e a pressa com a qual a diretoria toca esse projeto. Essa instituição financeira terá os serviços de microfinanças, crédito rural e todas as operações de benefícios sociais do banco como o Bolsa Família e financiamento habitacional.
Como podemos confiar que a função social do banco será cumprida nas mãos da iniciativa privada que busca apenas o lucro? Sabemos também que o lucro é a única coisa que move uma iniciativa dessas, e não o interesse público e o bem-estar de milhões de brasileiros que dependem dos programas sociais.
Mas a Caixa é mais que isso, é mais que lucro, e tem um compromisso com todos os brasileiros. Por isso não podemos deixar que a instituição seja ceifada e desmantelada pela privatização. Assim, é momento de nos mobilizarmos fortemente enquanto categoria para impedir que esse retrocesso avance.