01/09/2016 10:27

Caixa nada em dinheiro enquanto empregados sobrecarregados de trabalho se afogam

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Acesse as redes da Apcef/RJ:

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Nos últimos 12 anos, a Caixa Econômica Federal (CEF) quadruplicou seu patrimônio passando de R$ 270,7 bilhões, em 2003, para R$ 1,2 trilhão, em 2015. Os lucros do banco dispararam devido principalmente à extensão das operações de crédito que pularam de R$ 231,5 bilhões, para R$ 633,9 bilhões, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Se de um lado a Caixa está nadando em dinheiro, do outro quem está morrendo afogado em um mar de sobrecarga de trabalho, metas abusivas, assédio moral, entre outros descomedimentos praticados pela empresa, são seus empregados.  

Em decorrência disso, a pergunta que fica é: se a CEF teve seu lucro quadriplicado, por que nos momentos de campanha salarial ela nos empurra para a greve sendo incapaz de conceder reajuste salarial de acordo com as reivindicações de seus trabalhadores? Lembrando que foi através da força de trabalho de seus empregados que o banco conseguiu angariar todos esses lucros e crescimento, mantendo posição de destaque no cenário nacional.

Do que adianta um banco com o importante papel social da Caixa no Brasil ter grande elevação nas receitas, mas não ter pessoal suficiente parta atender o crescente número de clientes, operações bancárias, agências e etc? Diante desse quadro e como a CEF vem se demonstrando intransigente nas negociações da campanha salarial, só me resta concluir que o banco não valoriza seus empregados, pois vem cortando postos de trabalho, direitos, suspensão de novas contratações e ainda desmonte de setores.

Reforçando ainda mais a sobrecarga de trabalho, fato que chega a ser ultrajante com os empregados da CEF, o número de trabalhadores por agência passou de 36,5, em 2007, para 28,6, em 2015. No entanto, a luta continua e estamos aqui dispostos a passar por mais um período de greve para mostrar ao banco a nossa união em busca das reivindicações precisas e necessárias da classe, com destaque para novas contratações, fim do sucateamento, contra o projeto de privatização e por um reajuste salarial digno. Estamos juntos.


Paulo Matileti
Presidente da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (APCEF/RJ)

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