25/08/2016 09:56

Desrespeito: Caixa mantém postura intransigente durante segunda rodada de negociação

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Durante a segunda rodada de negociação específica da Campanha Nacional Unificada 2016 realizada ontem, dia 24 de agosto, em São Paulo, mais uma vez a Caixa Econômica Federal se mostrou irredutível em negociar com os trabalhadores.

Logo na abertura do debate foi solicitado a CEF o custeio integral do tratamento das doenças do trabalho, que inclua terapias alternativas, medicamentos, tratamentos psicológicos e psiquiátricos em situação de assédio moral e outros tipos de violência organizacional e traumas, bem como a realização de pesquisa e mapeamento do perfil do bancário da Caixa, criação de uma política de saúde mental e abertura obrigatória de CAT (Comunicações de Acidentes de Trabalho).

Contudo, os representantes do banco afirmaram que já é custeado o tratamento, mas com desrespeito da norma das CAT’s, isso porque a Caixa não abre no período de 24 horas, mas somente após avaliação médica. Além disso, o banco se negou a criar uma política de saúde mental com participação dos trabalhadores e afirmou combater o assédio moral na empresa.

A CEF se recusou também a revogar os efeitos do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), afirmando que o mesmo é voltado para cargos de gerencia e tem o objetivo o desenvolvimento e planejamento de carreiras. Com relação ao Saúde Caixa, já é o segundo ano consecutivo que o banco descumpre a utilização do superávit anual para melhorias no plano, que está previsto no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho e mesmo assim, não foi dado nenhum retorno.

Os representantes reivindicaram ainda a alteração do RH184, com a extinção do caixa-minuto, avaliador-minuto e tesoureiro-minuto. O banco confirmou a extinção da função de caixa, retirado do Plano de Funções Gratificadas (PFG), mas deu retorno evasivo sobre a participação dos empregados nas unidades de estrutura física e de pessoal.

Outros pontos que houveram recusa da CEF foram: segurança bancária; terceirização; liberação do movimento sindical nas participações de reuniões, cursos e congresso do banco; fim das horas extras negativas e Universidade Caixa. Os únicos pontos em acordo consistiram na manutenção da Caixa 100% pública e a garantia da função do supervisor de retaguarda na Girets e centralizadoras com possibilidade de incorporação da função.

“É extremamente decepcionante ver que a Caixa não está disposta a dialogar com seus empregados e já nestas primeiras negociações tem demonstrado uma postura intransigente para tratar de importantes questões de interesse dos seus trabalhadores. Por isso, mais uma vez pontuo sobre a importância da participação dos empregados da CEF nesta Campanha, pois somente com luta conquistaremos nossas reivindicações”, disse Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ.

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