Dia Nacional da Doação de Órgãos: a importância de conscientizar e ampliar o número de doadores
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Hoje, 27 de setembro, celebra-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma data essencial para conscientizar a população sobre a importância desse gesto solidário. Criada em 2007, a data tem fortalecido o debate sobre a doação e o transplante de órgãos no Brasil.
O país conta com o maior programa público de transplantes de órgãos do mundo, com quase 90% dos procedimentos realizados gratuitamente pelo SUS. No entanto, apesar desse avanço, o número de doadores permanece baixo, deixando o Brasil na 26ª posição mundial em doações por milhão de habitantes.
Somente no primeiro semestre deste ano, mais de 14 mil transplantes foram realizados, mas mais de 44 mil pessoas ainda aguardam por um órgão.
Como doar: Para ser doador, basta informar à família sobre o desejo de doar, pois a doação só ocorre com autorização familiar.
“A doação de órgãos é um ato de amor. A conscientização dos empregados da Caixa e de seus familiares é crucial para ajudar a suprir a necessidade das mais de 44 mil pessoas na fila de espera”, destacou Paulo Matileti, presidente da APCEF/RJ.
Confira abaixo alguns esclarecimentos importantes, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO):
Que tipos de doador existem?
Doador vivo - Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Doador cadáver - São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendão.
Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes/ Ministério da Saúde.
Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.
Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.