10/08/2020 13:11

Competência, futebol e união: Ronaldo Pessanha, associado e atleta, fala sobre títulos e trajetória na Caixa e na associação

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Associado aposentado da APCEF/RJ e frequentador assíduo da Sede Campestre, Ronaldo Pessanha, de 74 anos, foi empregado Caixa desde 1966, ano em que conheceu a associação. Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Gama Filho e com formação técnica em Ciências Contábeis, Pessanha é membro do Conselho Deliberativo da APCEF/RJ e Diretor Financeiro da UNEICEF, com mandato até janeiro de 2022. Pai e avô de três filhos e uma neta, o associado conta que a prática de esportes é um de seus hobbies favoritos. Atualmente, pratica futebol e futsal, e também já disputou diversos campeonatos, dentre eles, os Jogos Intercolegiais pelo Colégio Santo Agostinho nas modalidades voleibol, basquetebol e futsal, e o Torneio Integração do Estado da Guanabara, onde vestiu a camisa pela APCEF/RJ pela primeira vez. Nas horas vagas, Ronaldo também gosta de ir à praia e ao cinema, ler bons livros e estar sempre rodeado de amigos e familiares. Em entrevista exclusiva, o atleta conta um pouco de sua trajetória para a APCEF/RJ. 

APCEF/RJ – Fale sobre sua trajetória na Caixa 
Ronaldo Pessanha –
Ingressei na Caixa em 1966, ocupando o cargo de escriturário na Contadoria de Depósitos. Com a unificação das Caixas na década dos anos 70, fui transferido para a Matriz, ocupando o cargo de Assistente na Superintendência de Operações Diversas/MZ e logo após, fui Contador na Superintendência Técnica de Auditoria e Fiscalização/MZ. Com a transferência dessas unidades para Brasília, optei em permanecer no Rio e fui nomeado na Filial/RJ, como Assistente na Gerência Geral Adjunta/RJ. Após ser aprovado no concurso de 1976, passei a exercer o cargo de Economista, integrando o quadro técnico da Caixa, quando participei da implantação do Núcleo de Planejamento Financeiro da Filial/RJ, que gerou a Gerência Financeira/RJ. Com a inauguração de várias agências, fui aprovado no curso de Gerente e exerci o cargo de Gerente em algumas agências. Retornando para a Sede da Filial/RJ, passei a exercer o importante cargo de Chefe da Divisão de Valores do Rio de Janeiro, e retornando a Gerência Financeira, exerci o cargo de Economista e Substituto Eventual do Gerente Financeiro. Em 2002, recebi da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Moção de Congratulações e Louvor pelos bons serviços prestados a Caixa ao longo de minha vida funcional. E no período 2008/09, exerci o cargo de membro efetivo do Comitê de Benefícios da FUNCEF. 

Você se realizou profissionalmente na Caixa? 
Ronaldo Pessanha –
Creio que sim, porque iniciei minha carreira como escriturário e aos poucos, com muito esforço, dedicação e trabalho, fui adquirindo experiência profissional e pude conseguir galgar, por méritos, postos de grande relevância e responsabilidade no maior Banco público da América Latina. 

Qual principal acontecimento marcou a sua a trajetória na Caixa? 
Ronaldo Pessanha –
Posso considerar a luta nos anos 80, pela jornada das seis horas, que gerou uma greve histórica. Na época, atingiu agências e unidades da Caixa de todo país, com adesões de praticamente 100% dos empregados da Caixa, que culminou na conquista do direito à jornada de 6h. Também posso lembrar da implantação do Plano Real em 1994, que tivemos dias de grande ansiedade e preocupação em fazer as adaptações técnicas e necessárias às operações da Caixa, em função da criação da Unidade Real de Valor (URV), que foi referência para a transformação do Cruzeiro Real para o Real. 

Entre os empregados da Caixa você ficou conhecido não só por sua competência profissional, mas também pela habilidade em jogar futebol. Quando surgiu o futebol em sua vida? 
Ronaldo Pessanha –
Comecei a dar meus primeiros chutes jogando futsal no infantil do CR Flamengo e futebol de praia no E.C. Juventus. Nos áureos tempos, pratiquei futebol de praia na Liga Carioca jogando pelo E.C. Juventus e depois me transferi para o E.C. Radar, onde fui campeão carioca recebendo o título de sócio Emérito como prêmio. Pela seleção carioca de futebol de praia, fui Tricampeão Brasileiro. Cheguei a pegar a época em que os grandes jogos eram televisionados pela TV Continental e a frequência de público lotava o calçadão e as areias de Copacabana. Também joguei na seleção do Quartel – 8º GACOSM – Oitava Artilharia de Costa Motorizada, quando lá servi. Tínhamos um time muito bom, formado pela rapaziada da base juvenil de alguns clubes, sendo que alguns chegaram a jogar no time profissional, como Ubirajara Alcântara (goleiro), Itamar (zagueiro), Alcir (lateral) – os três do Flamengo –, e outros. Como universitário, joguei no time de futebol da Universidade Gama Filho, onde fui Tetracampeão Universitário. Participei de alguns jogos no Maracanã, fazendo preliminares de grandes jogos, inclusive contra as Universidades de Cleveland-USA e de Berlim. Joguei também futebol de campo, fazendo parte integrante das equipes das categorias de base do Botafogo no Vasco da Gama. 

Você já jogou futebol por algum grande clube do Rio de Janeiro? 
Ronaldo Pessanha –
Joguei em 1960/62, fazendo parte das equipes das categorias de base do Botafogo (infantil e infanto-juvenil). Depois nos anos 1962/63, fui levado para o Vasco da Gama (infanto-juvenil e juvenil). Tínhamos como técnico, Eli do Amparo no infanto-juvenil e Celio de Souza no juvenil. Lembro-me que, às vezes, treinávamos entre os aspirantes e profissionais com o comando de Paulo Amaral, depois Jorge Vieira, e eu garoto, ficava muito empolgado me vendo entre aqueles craques da época. Nado, Celio, Sauzinho, Da Silva, Alcir, Maranhão, Lorico, Brito, Fontana, Jorge Andrade, Caxias, os goleiros Humberto, Ita e Pedro Paulo, Barbosinha, Clemente, Rubilota e outros. Mas isso foi coisa de garoto! Também cheguei a jogar alguns amistosos. Tenho só lembranças e boas recordações. Foi um “sonho sonhado, do qual não me arrependo”. 

Desde quando você frequenta a Sede Campestre da APCEF/RJ, em Jacarepaguá? 
Ronaldo Pessanha –
Eu e minha esposa frequentamos desde 1966, época em que ainda éramos solteiros. Nossos três filhos quando crianças, também aproveitaram as suas infâncias curtindo a Sede Campestre. Inclusive, nas férias escolares, frequentaram algumas colônias ministradas pela APCEF/RJ. Na verdade, ao conhecer a Sede, me encantei logo, em razão de sua beleza natural, sempre muito arborizada e com uma cachoeira que sempre me traz bons fluídos. É um lugar onde costumo renovar minhas energias após o futebol de quartas e sábados, me deixando “novinho em folha” e pronto para outra “pelada”. Cabe registrar que por duas vezes fui até a sua nascente e mergulhei no lago que lá existe. E por incrível que pareça, me lembro que em épocas remotas (anos 60), cheguei a ver em seu leito até camarão pitu, e hoje ainda vemos pequenos caranguejos que junto com colegas, tentamos preservá-los. O lugar tem uma fauna muito interessante, onde já vi gambás, micos, macacos, cobras jiboia e coral, gaviões e até tucanos. E por empatia, se me permitem, considero a Sede Campestre uma extensão da minha casa. 

A Sede Campestre está fechada temporariamente por causa da pandemia da COVID-19. Você está ansioso pela volta? 
Ronaldo Pessanha –
Embora a nossa Sede Campestre já tenha dado os primeiros passos para uma reabertura gradual e restrita, com certeza a ansiedade vem tomando conta de todos nós. Estamos sentindo muita falta do convívio com os amigos e entes queridos, assim como das “peladas”, das resenhas com os amigos, da cachoeira e dos churrascos. Ao escutar a música do Lulu Santos, “Como uma onda no mar”, acho que define o que estamos vivendo neste momento de pandemia. Porque não há tempo que volte, assim como “nada do que foi será”. Mas a minha expectativa é positiva e brevemente, com o advento da vacina, estaremos mais confiantes. Contradizendo o “nada do que foi será”, estaremos novamente nos reunindo relembrando os bons tempos. 

Qual foi a primeira vez que você vestiu a camisa da Associação em uma competição? 
Ronaldo Pessanha –
Quando disputamos o Torneio Integração do Estado da Guanabara, em 1968. Na época, participavam alguns bancos e tinha como convidada uma equipe das Forças Armadas da Marinha – time de fuzileiros navais. Até então, jogávamos torneios internos e amistosos.  O nosso time da APCEF/RJ era a base dos empregados da Contadoria de Depósitos, todos sócios e frequentadores assíduos da Sede Campestre, e somente o saudoso Ubirajara (Birão) trabalhava, se não me engano, no jurídico ou na habitação. Nesse dia, jogamos com a camisa da Contadoria, e nosso time jogava por música, pois estávamos sempre jogando contra times fortes, inclusive contra times de ex-profissionais. Éramos uma família. Esse torneio foi no campo da UFRJ. Sei que conseguimos chegar à final justamente contra as feras. O nosso time era jovem, experiente e muito bom tecnicamente. Lembro-me que conversando com o árbitro, antes do jogo, me disse que ia ser muito difícil ganharmos, porque os fuzileiros tinham um preparo físico de “vaca premiada” e nós não íamos aguentar o ritmo deles. Mas não nos intimidamos, começou o jogo e partimos para cima deles com tudo. Eles ficaram assustados e terminou o primeiro tempo com 3x0 para nós. No segundo tempo, foi aquele sufoco, mas conseguimos segurar. O jogo terminou com 3x2 e fomos campeões. Levamos a taça e fomos comemorar com muito chopp, no boliche que ficava próximo ao Canecão. Naquele dia os campeões foram: Leonel, Hugo Miranda, Jadir, Toval, Bira, Chicão, Luciano, Roberto Vaz, Rubinho, João Teles, Ronaldo Pessanha e Sergio Garcia (Periquito). Os gols foram marcados por João Teles, Periquito e Ronaldo Pessanha. O nosso técnico era o incrível e querido Darlot Burgos, que me chamava carinhosamente de “meu capitão” e na época, era Diretor de Esportes da APCEF/RJ. 

De todas as competições que você participou como atleta da APCEF/RJ, qual foi a mais marcante? 
Ronaldo Pessanha –
Na verdade, todas as competições que disputei representando a APCEF/RJ foram marcantes. Mas a que me traz grandes lembranças foram nos Jogos da Fenae de 2004, em Minas Gerais. Jogamos a final contra Minas Gerais. No tempo normal de jogo, o resultado foi 1x1, já na prorrogação foi 0x1, com vitória de Minas Gerais. Fomos Vice-Campeões. Esse time de Master de 2004 também me deixou grandes lembranças, e posso incluí-lo no rol entre os melhores. Na verdade, estava propenso a não disputar, porque já tinha me aposentado e para jogar em alto nível uma competição contra adversários bem mais jovens do que eu, seria muito difícil acompanhar o ritmo sem prejudicar o rendimento da nossa rapaziada. Mas me lembro que após jogar uma “pelada” muito corrida e equilibrada, fui pra cachoeira e na volta vi o Floraci, que era o técnico, e o Ciro, que na época era o Coordenador, que me chamaram e perguntaram o porquê que eu não estava treinando para os jogos. Disse que estava com uma idade já avançada e que apesar do nosso time ser jovem, poderia não conseguir acompanhar o ritmo e prejudicar o rendimento da equipe. Ele me disse que estava contando comigo e me pediu para aparecer e treinar. Então, me lembrando de outras jornadas, me empolguei e comecei a treinar forte diariamente pela manhã na praia, e cheguei na competição muito bem fisicamente. Modéstia à parte, tive ótimas atuações e fiz gol em todos os jogos, se não me engano uns três ou quatro. Lembro-me que na semifinal, jogamos contra o Rio Grande do Sul e foi um jogo quentíssimo, com jogadas duríssimas. Lembro que o Renato Bittencourt, muito guerreiro, numa jogada dividida pelo alto, levou uma cotovelada e teve o seu supercílio aberto. Ele saiu de campo direto para o hospital e voltou no final da tarde, com treze ou quatorze pontos no supercílio. O jogo no tempo normal terminou 0x0, mas na prorrogação vencemos de 3x0. No final, tivemos o Dagoberto expulso infantilmente. Lembro-me também que quando fizemos 2x0, o nosso colega Rufino entrou em campo para comemorar e para esfriar o jogo e fingiu desmaiar saindo carregado de campo, causando revolta nos gaúchos que quiseram partir para a agressão, mas a situação foi contornada. Depois fizemos mais um e nos credenciamos a jogar a final contra Minas. Jogamos a final sem o Dagoberto e o Marquinhos (Niterói) entrou em seu lugar. O Renato, mesmo com 14 pontos no supercílio, fez questão de jogar. Foi um jogo duríssimo e fizemos 1x0, com gol meu no primeiro tempo. No início do segundo tempo, o Mirandinha foi expulso e jogamos com menos um, praticamente durante todo o segundo tempo. No finalzinho, conseguiram empatar e fomos pra prorrogação. Ainda com menos um, e também no final da partida, infelizmente, fizeram o gol da vitória. Diante das circunstâncias, queríamos levar o jogo para os pênaltis porque tínhamos um goleiro excelente e alto nível (Thiago). Sabíamos que estaríamos garantidos. Contudo, afirmo que todos, sem distinção, jogaram muito bem e deram o máximo em superação. Creio que em condições normais com certeza não perderíamos o título. Lembro-me que terminamos o jogo exaustos sob o sol escaldante do meio dia. E todos tiveram uma atuação irrepreensível, ficando a derrota por conta do destino. Coisas do futebol. Os jogadores Vice-Campeões foram: Thiago, Flávio, Franklin, Dagoberto, Renato, Ronaldo Pessanha, Camanho, Altair, Arnoldo, Jorge Mirandinha, Paulo de Tarso (PT), Mauro, Marquinhos e Sérgio Onaiz. 

Qual o time que você jogou pela a APCEF/RJ que está marcado em sua lembrança como o melhor de todos os tempos? 
Ronaldo Pessanha –
O time de 1981. Digo isso porque era um time de toque de bola refinado, altamente técnico e por estarmos sempre jogando contra times fortes, inclusive até contra ex-profissionais. Tínhamos um time experiente e muito unido. Éramos uma família. Em 1981, nos Jogos da Caixa, em Brasília, esse time jogou a final contra Minas Gerais e fomos campeões com 3x1. Esse jogo ficou marcado porque entramos pra decidir. Durante o jogo, na metade do 2º tempo, saiu uma briga generalizada entre as torcidas. Nosso zagueiro João Luiz viu um colega muito ligado a ele, de nome Zé Carlos (Perereca), no meio da confusão, e saiu de campo em socorro do nosso amigo. E agora um fato cômico: o nosso lateral esquerdo Eron, que jogava muito, também querendo ajudar, ao invés de sair pelo lado do campo cuja cerca tinha não mais que um metro, preferiu sair subindo no alambrado atrás do gol que tinha mais de três metros de altura. Conclusão: quando as coisas serenaram, o nosso Eron ainda estava lá em cima do alambrado. A gozação foi geral e ele passou a ser chamado carinhosamente de Homem Aranha, fato que até hoje, de vez em quando, lembramos em nossas resenhas. A partir daquele momento, o nosso zagueiro João Luiz foi expulso e terminamos o jogo com menos um. Perdemos por 2x0 e fomos o segundo da chave. Jogamos a semifinal contra Santa Catarina, com tempo normal de jogo 1x1. Na disputa de pênalti, vencemos. E na comemoração, o nosso técnico Jorge Borges desmaiou, mas foi logo medicado, nos dando um grande susto. Minas ganhou de Brasília e jogou a final contra nós, cujo clima não era bom. Por isso, entramos para decidir e realmente decidimos. No primeiro tempo, já estava 3x0 pra nós. E o jogo terminou com o Rio de Janeiro Campeão por 3x1 em cima de Minas Gerais. Gols de Evaldo (2) e Ronaldo Pessanha (1), com um corta luz de Sergio Garcia (Periquito). Nessa final, os Campeões foram: Norberto, Rubinho, Ailton, Eron, João Teles, Ronaldo Pessanha, Didi, Evaldo, Sergio Garcia (Periquito), Ricardo Maia, Marcos Linhares (Marquinhos), João Luiz e Arley. O técnico era o Jorge Borges. 

Conte detalhes sobre sua experiência como diretor e membro dos Conselhos da APCEF/RJ. 
Ronaldo Pessanha –
Hoje faço parte do Conselho Deliberativo da APCEF/RJ e estou como Diretor Financeiro da UNEICEF. Ambas são entidades sem fins lucrativos e têm como principal fonte de recursos as mensalidades, e por isso, são dependentes de sócios. Dito isso, para o exercício de qualquer cargo executivo numa associação de classe, tenho como filosofia, fazer cumprir uma gestão ativa, com transparência na utilização de recursos e realizando um monitoramento eficaz sobre os controles para obter segurança na tomada de decisão. Simultaneamente a essas ações, é fundamental que se construa uma base sólida para a execução de uma boa prestação de serviços aos associados, nos setores jurídico, social, cultural, esportivo e institucional. Com esses pilares, a Diretoria, tendo êxito nessas ações, conquistará a confiança dos atuais sócios e abrirá caminho para a captação de novos sócios. Isso irá contribuir para o desejado e necessário aumento da principal fonte de receitas de uma associação, o que permitirá ampliar cada vez mais os benefícios e serviços aos seus associados. 

Existem empregados da Caixa que ainda não são associados. Você recomenda que eles se associem à APCEF/RJ? 
Ronaldo Pessanha –
Recomendo e os convido a comparecerem num fim de semana, com a família e levando seus filhos. Nossa Sede Campestre é uma dádiva da natureza, muito arborizada e com uma cachoeira muito aconchegante e certamente vão gostar. Já a Sede Praiana, tem ótimas instalações e é próxima a Praia do Foguete, entre Cabo Frio e Arraial do Cabo. Com piscina, churrasqueira, suítes confortáveis e um bom atendimento, é uma ótima sugestão para um fim de semana agradável. E sempre aproveito para estender o convite para que conheçam a parte administrativa e institucional. E digo a esses colegas que sendo sócios, que vão unir o útil ao agradável. 

Como você avalia a atuação da atual diretoria da APCEF/RJ? 
Ronaldo Pessanha –
A APCEF/RJ após a catástrofe de 1996, devido às fortes chuvas que assolaram o Rio, passou por momentos muito difíceis e ficou totalmente destruída. O triste episódio nos trouxe a perda do saudoso funcionário Marquinhos, que infelizmente na hora, foi surpreendido por uma tromba d’água inesperada e não conseguiu sair da Kombi que estava dirigindo. Da cachoeira, além das águas, rolaram pedras gigantescas, que deixaram a nossa associação completamente destruída, e com um cenário dramático. Confesso que ao ver aquela cena, cheguei a chorar. De lá para cá, as administrações tiveram dias de caos, sem que a Caixa desse um mínimo de ajuda e solidariedade. Mas no decorrer dos anos, e aos poucos, a nossa associação vem se firmando. E apesar dos malfeitos, está se recuperando. Hoje, a atual administração ainda sofrendo os malfeitos do passado. Apesar de todas as dificuldades e na medida do possível, considero que o Presidente Paulo Matileti, com a colaboração de alguns diretores, vem fazendo um bom trabalho. Digo isso porque sei perfeitamente como ele pegou a nossa APCEF/RJ, praticamente falida e desacreditada, e não vem medindo esforços em conseguir recursos para gerir a nossa associação. Como Conselheiro, procuro colaborar no que me cabe e venho acompanhando o empenho com que vem tentando colocar em dia, as obrigações tributárias e trabalhistas. Sem esquecer a Fenae, que como sempre solidária, vem dando todo o apoio necessário à nossa APCEF/RJ. No âmbito jurídico, tem conseguido algumas vitórias: como a retomada de posse da academia, um anexo da nossa Sede Administrativa (Treze de Maio), bem como, das academias e de um dos campos de futebol que terceiros administravam na Sede Campestre. Isso tudo sem que a APCEF/RJ recebesse qualquer tipo de remuneração. Uma herança dos malfeitos passados. Hoje, essas áreas estão sendo remuneradas, e ainda o vejo sempre presente e interessado em melhorar as dependências da Sede Campestre, assim como, em defender os interesses da classe economiária. 

Qual a sua expectativa para o mundo e as pessoas após a pandemia da COVID-19? 
Ronaldo Pessanha –
A verdade é que dentro desse cenário, muitas dúvidas permanecem no ar. Mas uma coisa é certa: o coronavírus nos trouxe isolamento social e, ao mesmo tempo, temor pela doença e pela vida. Consequentemente, tivemos muitas perdas na economia, desemprego, perda de renda, algumas falências de micro e pequenos empresários, e infelizmente, perda de vidas. Diante desse cenário, veio o tempo para uma reflexão com a pergunta: O que estamos priorizando na vida? Isso nos provoca uma expectativa no sentido de que haja menos desavenças e que o tempo seja mais valorizado com aqueles que nos querem bem e que todos tenham aquilo que, atualmente, pouco vemos, que é solidariedade, amor e calor humano. 

Clique aqui e confira as fotos da trajetória de Ronaldo Pessanha. 

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