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Apesar do cenário de pandemia e das constantes reivindicações das entidades representativas dos trabalhadores, o governo federal continua insistindo na ideia de privatização da Caixa. A direção do banco, por sua vez, não parece se opor, e já informou que a primeira área lucrativa a ser vendida deve ser a Caixa Seguridade, para depois avançar para a área de cartões.

O governo e a direção da Caixa ignoram a importância da empresa como um banco público, apesar do seu papel imprescindível para a população e a economia nesse momento de crise, e do desempenho louvável dos empregados durante a pandemia. Ainda assim, o presidente do Banco, Pedro Guimarães, voltou a reforçar os planos de venda da instituição.

Segundo reportagem publicada pelo Valor Econômico na última terça-feira (30), a direção da Caixa continua avaliando as condições de mercado e enxerga "uma janela de oportunidade para a realização da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade” ainda neste ano.

Vale lembrar que a Caixa, mais uma vez, se mostrou indispensável para sustentar a economia, realizando o pagamento do auxílio emergencial e concedendo empréstimos ao setor produtivo.

"A Caixa tem um papel social muito importante para a população. Além do auxílio emergencial e do crédito para as empresas durante a crise, a Caixa mantém a existência de programas sociais importantes como o Bolsa Família e o FIES, além de disponibilizar o financiamento da casa própria. Acabar com a Caixa é acabar com o povo brasileiro", disse Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ.