Lucro da Caixa dispara, mas direção ignora trabalhadores e mantém teto do Saúde Caixa
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A Caixa Econômica Federal fechou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido contábil de R$ 5,8 bilhões, um salto de 133,9% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro líquido recorrente foi de R$ 4,9 bilhões, representando crescimento de 71,5%. Trata-se de um desempenho expressivo, construído graças à dedicação, competência e esforço diário de seus empregados.
Apesar dos números históricos, a direção do banco segue insensível às pautas mais urgentes dos trabalhadores, em especial à reivindicação pelo fim do teto de 6,5% da folha de pagamento destinado ao custeio do Saúde Caixa. Esse limite, que inclui despesas administrativas e tributárias, tem restringido o acesso dos empregados à saúde, mesmo diante da solidez financeira da instituição.
Com ativos de R$ 2,1 trilhões e liderança consolidada no crédito imobiliário, a Caixa tem fôlego para avançar ainda mais. Mas precisa, antes, reconhecer o valor de quem a sustenta. É hora de rever também os impactos do programa Teia (Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado), cujos efeitos sobre a rotina dos empregados precisam ser avaliados com seriedade e responsabilidade social.
Diante de tamanho desempenho, torna-se inadmissível que a direção do banco siga ignorando o justo reconhecimento aos seus trabalhadores e trabalhadoras. O diálogo com seus representantes é urgente, tanto para debater a derrubada do teto do plano de saúde quanto para discutir melhorias nas condições de trabalho.
“Quando os lucros disparam, mas os direitos emperram, a conta recai injustamente sobre quem carrega o banco nas costas. A Caixa só é grande porque tem trabalhadores gigantes. São eles que enfrentam filas, metas, pressão e desafios diários para manter o atendimento, garantir resultados e cumprir o papel social do banco. Reconhecer isso vai muito além de números em balanços. É valorizar quem sustenta a excelência da Caixa com esforço e compromisso todos os dias”, declara Paulo Matileti, presidente da APCEF/RJ.