15/03/2023 09:25

Mulheres ganham em média 22,2% a menos do que homens na esfera bancária

undefined

Acesse as redes da Apcef/RJ:

WhatsApp Image 2023-03-15 at 08.27.24 _1_.jpeg

O Comando Nacional dos Bancários voltou a se reunir ontem (14) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discussões na mesa de igualdade de oportunidades para mulheres no meio bancário. Com base em relatório do DIEESE, as mulheres ganham, em média, 21% a menos do que os homens e, na esfera bancária, esse percentual de desigualdade é ainda maior chegando a remuneração de 22,2% menor do que os bancários.

Na reunião também foi pontuado que a remuneração das mulheres pretas é ainda menor. Em média, 40,6% inferior à remuneração do homem bancário branco. Já com relação a admissões, em 2022 a admissão de mulheres foi 19,1% menor do que a de homens e os desligamentos 5,4% superiores entre as mulheres.

Na área de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos esses dados seguem a mesma linha. Apesar do aumento de mais de 70% de profissionais da área contratados, a proporção de mulheres caiu de 31,9% para 24,9%, entre 2012 e 2021.

Os bancários também colocaram em mesa a reivindicação da implementação dos canais de combate à violência sexual e laboral, medida conquistada em negociações passadas e incluída, em 2022, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A categoria bancária ainda cobrou dos bancos dados sobre a implementação dos programas de combate à violência doméstica.

A Fenaban afirmou que os bancos irão aprimorar os canais de acolhimento às vítimas de violência na família ou no ambiente de trabalho. E com relação às contratações de mulheres no setor de TI, a pauta será discutida em reunião, no dia 30 de março, com representantes dos bancos, para que medidas possam ser apresentadas no combate à desigualdade.

“Estamos caminhando em direção à igualdade de salários e oportunidades entre homens e mulheres nos bancos e, esperamos que essa caminhada seja rápida e efetiva. É preciso mudar e melhorar as condições de trabalho para as bancárias e combater todo e qualquer tipo de violência”, afirma o presidente da APCEF/RJ, Paulo Matileti.

Compartilhe