05/11/2020 16:49

Por que o governo quer vender o banco digital da Caixa?

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Que a Caixa pretende criar um banco digital através das novas contas do Caixa Tem, todo mundo já sabe. As contas, criadas para o recebimento do Auxílio Emergencial e também para recebimento do benefício do FGTS e outros programas, são responsáveis por bancarizar cerca de 100 milhões de pessoas. “Quanto vale um banco com 64 milhões de clientes?”, questionou recentemente o ministro da Economia, Paulo Guedes, referindo-se ao público conquistado somente por meio do Auxílio Emergencial. Mas por que a insistência em criar um novo banco digital para logo em seguida vendê-lo?

Em entrevista ao Valor neste ano, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que pretende realizar a venda de 15% do banco público (que ainda nem saiu do papel oficialmente) através de Oferta Pública Inicial (IPO) em 2021. A decisão, inclusive, é apoiada pelo governo. Sabe-se que a direção da Caixa pretende investir mais na modernização dos seus serviços fazendo parte do movimento de crescimento dos bancos digitais, que se acelerou durante a pandemia. Contudo, a ação de venda seria mais uma tentativa covarde do governo de entregar ao mercado uma área lucrativa da Caixa – colaborando, assim, com o processo de privatização que há tempos bate à porta.

A Fenae, recentemente, repercutiu o caso e se colocou contra a medida, por considerar que a criação do banco público é uma estratégia rentável que pode contribuir para o desenvolvimento econômico do país. Entregar essa fatia da Caixa nas mãos de empresas privadas é jogar fora todo o potencial de lucro que a própria população pode ter. Por isso, a APCEF/RJ, assim como a Fenae e outras entidades representativas dos empregados, é contra a venda do banco digital.

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