11/01/2019 15:58

Presidente da Caixa alega dívida, mas recursos do banco 100% público são ainda maiores

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O novo presidente da CEF, Pedro Guimarães, que claramente tem intenção de preparar o banquete para entregar a Caixa de bandeja à iniciativa privada, dá sinais de que a permanência do banco como público está ameaçada. Em recente declaração, Guimarães afirmou que a estatal possui uma dívida de R$ 40 bilhões com o Tesouro, que deveria ser quitada nos próximos quatro anos — período de governo de Jair Bolsonaro. Tal afirmativa, gera dúvidas quanto a sua veracidade, uma vez que os recursos da CEF são muito maiores e superavitários.

Esse débito é resultante de uma crise econômica que impôs a Caixa Econômica Federal, o único banco 100% público do Brasil, a equilibrar a desestabilidade das contas públicas para não ter um impacto ainda maior na renda da população. Nessa lógica, Jair Ferreira, Presidente da Fenae afirmou recentemente em entrevista à imprensa que “pela regra, precisa ter capital de reserva para fazer empréstimo e assim o fez”.

O que parece, é que ao declarar essa informação, a única intenção de Pedro Guimarães é depreciar a valorização que a Caixa 100% pública tem e viabilizar o discurso falacioso de que desestatizar a CEF é uma alternativa viável. Os defensores da privatização do banco argumentam que vender a estatal é o melhor caminho para a resolução da dívida pública, mas ignoram completamente o papel social da Caixa, que exerce função fundamental para o desenvolvimento do País em setores como habitação, saneamento básico, educação, entre outros.

“A Caixa 100% pública está sob sérios riscos, em decorrência de uma enxurrada de acontecimentos oriundos do antigo e, agora, do atual governo, que gradativamente dão a estatal características de banco privado e desvalorizam sua função social no País. A privatização da CEF é uma ameaça para toda a população brasileira. O momento é de união e reivindicação”, afirmou Paulo Matileti, Presidente da APCEF/RJ.

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