Promoção por mérito na Caixa: legado da luta dos trabalhadores
Acesse as redes da Apcef/RJ:
A década de 1990 e o início dos anos 2000 foram marcados por um período de desmonte na Caixa Econômica Federal, especialmente durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando os salários foram congelados e as promoções por mérito foram suspensas.
Com a mudança de governo em 2003, no mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, sindicatos, entidades associativas e empregados da Caixa começaram a se mobilizar para reverter as perdas de direitos causadas pelo governo anterior. Esse esforço culminou na greve de 2007, que, somada ao apoio do governo federal, permitiu a reconstrução do Plano de Cargos e Salários (PCS), firmado em 2008, com a previsão da retomada da promoção por mérito.
Além de restaurar as promoções por mérito, o PCS de 2008 unificou os planos de carreira de 1989 e 1998, corrigindo desigualdades entre os empregados de diferentes planos. Por exemplo, os trabalhadores do plano de 1998 tinham apenas 18 referências para alcançar, enquanto no PCS de 2008, o número de referências foi ampliado para 48, o que mais que dobrou o salário final da carreira para esses trabalhadores.
"Sem dúvidas, o PCS de 2008 foi uma das maiores conquistas dos empregados da Caixa, resultado da condução sindical durante o processo de greve, do apoio das entidades associativas e do forte engajamento dos trabalhadores. Sem esse envolvimento, nada disso teria sido possível", destacou Carlos Lima, diretor de Administração e Patrimônio da APCEFRJ.