Proposta rejeitada: negociação do Saúde Caixa revolta empregados e reforça mobilização nacional
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Em reunião realizada na segunda-feira, 6 de outubro, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) rejeitou a proposta apresentada pela direção do banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho do Saúde Caixa. As condições apresentadas foram consideradas abusivas e incompatíveis com a realidade financeira das empregadas e dos empregados da Caixa.
A proposta do banco manteve o teto de custeio de 6,5% da folha salarial e incluiu aumentos expressivos nas contribuições: de 3,5% para 5,5% da remuneração base no caso dos titulares; de R$ 480 para R$ 672 para os dependentes; e a elevação do limite familiar de 7% para 12% da remuneração base. Na prática, isso representaria um reajuste médio de 57,14% para titulares, 40% para dependentes e até 71% no valor máximo pago pelas famílias.
A proposta é considerada inaceitável e compromete a permanência de grande parte dos usuários no plano. A rejeição expressa o entendimento da CEE/Caixa de que não é justo transferir aos empregados o peso financeiro do déficit do Saúde Caixa. A Comissão reforçou ainda a convocação para que todas e todos participem ativamente das mobilizações do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, nesta terça-feira, 7 de outubro, em agências e nas redes sociais.
“É revoltante e absurda essa proposta apresentada pela Caixa. Muitos colegas já estão sufocados financeiramente e enfrentam dificuldades para manter o plano nas condições atuais, e imaginar aumentos dessa magnitude é inaceitável. Mas essa proposta não deve nos abater. Nossa história é marcada por conquistas alcançadas com união e luta. Vamos seguir firmes até que a Caixa recue e apresente uma proposta justa”, afirmou Paulo Matileti, presidente da APCEF/RJ.
As negociações devem ser retomadas ainda hoje. A CEE/Caixa reforça que a pressão da categoria será decisiva para garantir um novo acordo que contemple as principais reivindicações: reajuste zero nas mensalidades, fim do teto de 6,5%, cumprimento do modelo 70/30, ampliação da rede credenciada e manutenção do direito ao plano após a aposentadoria para quem ingressou na Caixa a partir de 2018.