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A última reunião de negociação da Campanha dos Bancários 2022 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancários (Fenaban), ocorrida em 1° de agosto, debateu um tema muito importante para toda a categoria: a saúde dos empregados. A discussão foi pautada pela interligação do assédio moral e metas abusivas, prática infelizmente comum dentro dos bancos, com o adoecimento mental dos bancários.

O Comando foi enfático ao relacionar os problemas mentais de saúde dos bancários com as metas abusivas e assédio moral. Já os bancos começaram a reunião afirmando que as metas não geram adoecimento.

No entanto, de acordo com pesquisa apresentada, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de empregados afastados dos bancos aumentou mais de 26%, nos últimos cinco anos. O motivo é o adoecimento mental.

Após muito debate, os bancos aceitaram negociar as propostas da minuta de reivindicações dos bancários que tratam sobre a ligação do assédio moral e metas abusivas que provocam adoecimento mental dos empregados.

De acordo com Carlos Alberto Lima (Caco), presidente em exercício da APCEF/RJ, os bancos, assim como a Caixa, deveriam se preocupar mais com a saúde de seus empregados. “Vemos o quanto as doenças mentais estão se tornando cada vez mais comum no ambiente de trabalho e as metas abusivas dentro dos bancos sempre estiveram aí forçando essa situação. Os empregados precisam ter sua saúde preservada e defendida”, ressaltou Caco.

A próxima reunião entre o comando e a Fenaban vai ocorrer amanhã (03) e tratará sobre as cláusulas econômicas da categoria bancária.