Rio é tomado pelo movimento anti-Bolsonaro no fim de semana
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Neste sábado (29), milhares de pessoas tomaram as ruas do Brasil todo em protesto contra Bolsonaro. Foram 24 estados e Distrito Federal, em pelo menos 180 cidades do país e do exterior, tomados pela onda da oposição, com presença popular maior do que a esperada por conta do contexto da pandemia. No Rio, manifestantes se reuniram aos pés da estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça Mauá, e seguiram pela Avenida Presidente Vargas, em direção à Candelária. Os protestos também se espalharam pelo estado, marcando presença em cidades como Macaé, Volta Redonda e Petrópolis.
A mobilização foi organizada por partidos de oposição, movimentos sociais, entidades estudantis e organizações sindicais. A categoria bancária marcou presença, segurando cartazes e se unindo ao coro. Além da demanda pela vacina, a defesa do auxílio emergencial, distribuído pela Caixa, também esteve na pauta.
A cidade do Rio de Janeiro havia sido palco, na semana anterior, de show de horrores com a "motocada" de Bolsonaro, que debochava da pandemia e das quase 500 mil mortes. Mas, dessa vez, a população se reuniu contra o genocídio de nosso povo, pela vida, pela empatia e com respeito à pandemia - todos protegidos como podiam, com distribuição de máscaras em vários pontos e foco pelas PFF2/N95, que protegem muito mais, e ao ar livre.
Os protestos também foram marcados por forte repressão policial, com várias pessoas feridas. Um trabalhador chegou a ser atingido por bala de borracha e perdeu a visão - ele não estava nem mesmo participando da manifestação. Essa repressão não foi vista nas manifestações pró-governo que tivemos nos últimos meses.
Os protestos e sua alta adesão também mostram que a rejeição à Bolsonaro vem crescendo, felizmente. Pesquisa realizada pelo Instituto PoderData mostra que 57% das pessoas já defendem o impeachment, em uma alta de 11 pontos percentuais. Seguiremos na luta contra Bolsonaro!