15/08/2025 09:02

Saúde Caixa: negociação no Rio reforça luta por reajuste zero, fim do teto e defesa do plano

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Acesse as redes da Apcef/RJ:

Na manhã de ontem, 14 de agosto, o edifício Aqwa Corporate, na região portuária do Rio de Janeiro, foi palco de mais uma rodada de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco. Também participaram dirigentes sindicais, assessorias e o integrante do Grupo de Trabalho Saúde Caixa (GT Saúde Caixa), Sérgio Amorim, diretor de Relações do Trabalho da APCEF/RJ. O tema central foi a sustentabilidade do plano, que há anos preocupa trabalhadores ativos e aposentados.

Durante a reunião, a CEE/Caixa reafirmou as principais reivindicações da categoria: fim do teto de 6,5% para o custeio por parte da Caixa, reajuste zero nas mensalidades, cumprimento da proporção de custeio de 70% pela empresa e 30% pelos empregados, além do aporte dos valores que a Caixa deixou de contribuir nos últimos anos. Para os representantes dos trabalhadores, o atual modelo de financiamento favorece a evasão de usuários e ameaça o equilíbrio financeiro do plano.

A direção do banco, sem apresentar propostas concretas para atender às pautas, expôs um compilado de dados que aponta um déficit de R$ 500 milhões. Argumentou que já cumpre sua participação máxima pelo teto de 6,5% e defendeu que eventuais ajustes sejam absorvidos pelos usuários.

Felipe Pacheco, coordenador da CEE/Caixa, avaliou que a apresentação não trouxe novidades. “A Caixa apresentou dados que nós já esperávamos: um déficit de R$ 500 milhões, que vem sendo repassado para os trabalhadores, sem rever a participação dela. Como a Caixa tem o teto de 6,5%, está no limite de sua contribuição e busca apresentar ao movimento maneiras de reequilibrar o plano, mas com esse ônus para os usuários, desconsiderando que o Saúde Caixa é um benefício para o trabalhador”, afirmou.

Ele destacou ainda que o movimento dos empregados defende outra lógica. “Pedimos que a Caixa aumente sua contribuição, faça, eventualmente, um aporte de recursos e derrube o teto para reequilibrar o plano. Se continuar como está, a contribuição exclusiva dos trabalhadores não será suficiente a longo prazo, provocando uma evasão que, no futuro, fará o plano quebrar. Seguimos para a próxima rodada, prevista para setembro, buscando soluções para nossas reivindicações.”

Após acompanhar o encontro, Carlos Lima de Barros, diretor de Administração da APCEF/RJ, reforçou a importância da mobilização. “Pelo que pude perceber, lamentavelmente, a direção do banco mantém sua postura de ignorar que o Saúde Caixa é um benefício conquistado e não um ônus para os empregados. É evidente que, sem mudanças, o futuro do Saúde Caixa ficará comprometido. Neste momento, é preciso reconhecer, fortalecer e parabenizar a atuação firme da Comissão Executiva dos Empregados nesse processo, e aguardar que a próxima rodada traga avanços concretos.”
 

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