Saúde Caixa: negociações continuam e próxima reunião será em Brasília
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Com negociações intensificadas desde a pressão realizada pelos empregados e pelas entidades representativas dos trabalhadores no Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, em 30 de outubro, novas reuniões ocorrem sobre o plano de saúde. A última aconteceu ontem, 16 de novembro, e contou com a participação do Comando Nacional dos Bancários, da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e dos representantes do banco, em São Paulo.
Na ocasião, a Caixa apresentou proposta da manutenção de 3,5% da contribuição do titular, com valor fixo de R$ 450 por dependente, mas mantendo o teto de 10% da remuneração. Para o banco, essa seria a solução para o déficit do plano. De acordo com a Caixa, o plano de saúde acumula déficit de R$ 422 milhões em 2023 e a projeção, para 2024, é de cerca de R$ 660 milhões.
Caso a proposta seja implementada, os dependentes passariam a arcar com 48% das despesas e os titulares com 52%. O acordo coletivo do Saúde Caixa mantém, desde 2004, cláusula que estabelece que em caso de saldo deficitário, ao final de cada ano, o banco e os titulares serão chamados para arcarem com o saldo negativo.
O objetivo das negociações é encontrar uma solução para que os empregados não sejam obrigados a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano. Ou seja, conquistar a melhor proposta possível para todos, sem deixar de viabilizar a sustentabilidade e perenidade do Saúde Caixa.
A representação dos empregados da Caixa vem há meses cobrando do banco a renovação do ACT sobre o Saúde Caixa, cuja vigência vai até o fim de dezembro deste ano. “O Saúde Caixa é um patrimônio inestimável das empregadas e dos empregados da Caixa e seus dependentes e que deve continuar cumprindo o seu papel de proteção à saúde de todos e todas”, ressaltou a coordenadora da CEE/Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
“Nesse encontro conquistamos que, havendo revisão no estatuto e mudanças nos parâmetros, que impactam no Saúde Caixa, a mesa de negociação será retomada”, disse Neiva Ribeiro, uma das coordenadoras do Comando dos Bancários. A próxima reunião foi agendada para 22 de novembro, em Brasília.