26/10/2023 10:26

Senado realiza hoje audiência pública para debater adoecimento bancário

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Acesse as redes da Apcef/RJ:

Não é de hoje que a APCEF/RJ e demais entidades representativas dos bancários chamam atenção para o grave e contínuo adoecimento no setor bancário brasileiro. Por conta de metas abusivas e assédio moral, empregados vêm se afastando de seus postos de trabalho. Numa pesquisa realizada com os trabalhadores e apresentada na 25ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida em agosto deste ano, indicou números alarmantes de adoecimentos, em especial, por doenças mentais. 

Diante desse cenário de adoecimento dos bancários e a pedido da Contraf-CUT, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal realiza hoje, 26 de outubro, audiência pública. O intuito dessa audiência é deixar a população brasileira consciente do que ocorre com os bancários, bem como discutir possíveis soluções para o problema. 

Participam da audiência representantes da Contraf-CUT, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Ministério da Previdência Social (INSS), Ministério da Saúde, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), além de outras entidades sindicais.

Números alarmantes

Nos últimos 5 anos o número de afastamentos nos bancos aumentou 26,2%, enquanto no geral a variação foi de 15,4%, ou seja, entre os bancários a variação foi 1,7 vezes maior do que na média dos outros setores.

Nos afastamentos acidentários, as doenças mentais e comportamentais saíram de 30% em 2012 para 55% em 2021 e as doenças nervosas saíram de 9% para 16%. De 1996 a 2005 ocorreram um suicídio a cada vinte dias entre os bancários.

A Consulta Nacional da categoria 2023 mostrou aumento de trabalhadores que tomam medicamentos controlados nos últimos 12 meses. O índice passou de 35,5%, na consulta feita em 2022, para 41,9% na deste ano. Dentre as dores, os bancários informaram que 28% sentem dor ou formigamento nos ombros, braços ou mãos; 28% acusam dores de estômago/gastrite nervosa; 26% têm vontade de chorar sem motivo aparente; 21% omitem dor ou doença para não se prejudicar; 21% sofrem episódios de pressão alta. 

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